O volume nos quadris, que começaram a voltar após a retomada dos anos 1980 com suas calças tipo baggy e suas roupas balonês e bloomer, parece ter baixado em todos os ateliês de estilo dos brasileiros. Ok, para alguns isso não conta, porque fazem isso faz tempo, como Ronaldo Fraga, mas as coincidências (e as repetições) chegam a cansar.
Das saias box de couro da Forum Tufi Duek às saias redondas da Triton, passando por Fábia Bercsek, Simone Nunes etc. etc. etc. Não faltam exemplos e, para citá-los aqui, teria de repetir quase todo o line-up da São Paulo Fashion Week e também do Fashion Rio.
Mas na vida real dá para usar tudo isso. Sim, dá, desde que o velho jargão da moda seja repetido como mantra na frente do espelho: bom senso, bom senso, bom senso. Se a pessoa for magra e alta, sem problemas. Se tiver quadril avantajado, seja de que altura for, o ideal é chamar a atenção para outra parte do corpo.
Aliás, os modelos tulipa, arredondados que vão se afunilando, podem até disfarçar um bumbum um pouco maior, desde que não sejam exagerados e se compense outras partes do corpo com acessórios legais na parte de cima ou leves (disse leves) ombreiras. Caso contrário, fica mesmo a silhueta ampulheta.
Há estilistas que apelam até mesmo para as anquinhas laterais como forma de enfatizar os quadris, como fez Simone Nunes. Olhando de frente, dá para ver o volume; de lado, nada. Não é boa opção. Mesmo. As saias redondas e brilhantes da Triton, quase como um globo, são também bonitas de passarela, mas olhando no desfile fiquei imaginando como se senta com uma peça dessas. A mesma sensação me deu ao ver o desfile da Acquastudio, no Rio, com suas mulheres inspiradas em frascos de perfume. Lindas na passarela, já fora delas, não sei não.
Bom, os desfiles estão aí como referência. É bom ficar atenta sabendo que é tendência, mas antes de tudo, veja se combina com você. Afinal, silhueta reta, calças justas e mais secas também valem e são clássicas. Dá para apostar num volumezinho sim nos quadris, mas sem exageros.
Fonte: http://www.moda.terra.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário